Curadora do projeto “¡Mira!”, que busca promover e difundir a produção de arte contemporânea indígena, Maria Inês de Almeida participou do Comitê de Indicação da edição passada do Prêmio PIPA. A edição, aliás, premiou dois artistas de origem indígena na categoria PIPA Online, Jaider Esbell e Arissana Pataxó.
Nesta entrevista exclusiva, ela fala do projeto que, iniciado em 2013, já promoveu o encontro entre 52 artistas indígenas da América Latina e o mercado de arte contemporânea. Seu nome, “¡Mira!”, tem origem nas “mirações” ou alucinações do Ayahuasca, erva utilizada em contextos ritualísticos de várias tribos do continente há pelo menos três mil e quinhentos anos.
Para Maria Inês, os indígenas já fazem há tempos o que apenas hoje o campo artístico admite como “arte contemporânea”: “finalmente, a arte no Ocidente chegou perto de onde eles [os indígenas] estão”, ela sintetiza. E termina afirmando que, para esses artistas, suas obras estão longe de ser meramente decorativas: “Ele está vendendo uma história que a pessoa está levando para a casa. Aquelas figuras míticas estão entrando na vida daquela pessoa”, ela diz. “É uma relação de troca verdadeira”.
Assista à entrevista do Prêmio PIPA com a curadora do projeto “¡Mira!” e integrante do Comitê de Indicação do PIPA 2016, Maria Inês de Almeida:
No dia 10 de fevereiro, publicamos aqui no site a lista dos membros do Comitê de Indicação 2017. Não perca!