(Lisboa, Portugal)
Rui Chapéu foi um famoso jogador de sinuca no Brasil dos anos 1980. Participante habitual do programa “Show do Esporte”, exibido na Rede Bandeirantes, seu nome era, na realidade, José Rui de Mattos Amorim: a alcunha de Rui Chapéu se devia à boina branca da qual era inseparável. O jogador chegava ao cúmulo de encomendar a um alfaiate uma dúzia de chapéus por ano, com a desculpa de que, brancos, eles acabavam desgastando-se rápido.
O mítico Rui Chapéu é a inspiração por trás do título da nova individual de Adriano Costa, “Chapéu Filósofico”, que inaugura hoje na galeria Múrias Centeno. Três vezes indicado ao Prêmio PIPA, o artista conta que os cuidadosos movimentos de Rui na mesa de bilhar o lembraram da vital “necessidade de prazer quando se faz arte”.
Com o subtítulo de “a show about LOVE LOST LET IT GO OR AS U WISH” [uma exposição sobre AMOR PERDIDO DEIXE QUE VÁ EMBORA OU TANTO FAZ], todos os trabalhos em exibição foram produzidas entre novembro do ano passado e janeiro desse ano, e falam sobre arte, mercado de arte, amigos, relacionamentos, drogas, e os códigos e símbolos que utilizamos para nos comunicar hoje. É falando desse momento, aliás, que o artista conclui seu texto introdutório à mostra: “Que esse hoje passe a não ser apenas o meu”.
“Chapéu filosófico: a show about LOVE LOST LET IT GO OR AS U WISH”, individual de Adriano Costa
Em cartaz de 18 de janeiro a 25 de fevereiro de 2017
Múrias Centeno
Rua Capitão Leitão 10/16
Funcionamento: ter – sáb, 14h às 19h
T: (+351) 936-866-492 / 969-773-655
info@muriascenteno.com