(Rio de Janeiro, RJ)
Acaba no sábado, 03 de dezembro, a coletiva “My Body Is A Cage”, na galeria Luciana Caravello, com obras de Carla Chaim, Daniel Lannes, Eduardo Montelli, Gabriela Mureb, Igor Vidor, Jorge Soledar, Raquel Nava, Rodrigo Martins, Tales Frey, Zé Carlos Garcia e a vencedora do Prêmio PIPA 2015, Virginia de Medeiros. No mesmo dia, acontece também a última performance da exposição, dessa vez de Gabriela Mureb, única dos performers – os outros foram Leandra Espírito Santo, Miro Spinelli, Felipe Abdala, Elen Braga, Obá – a figurar também na exposição oficial.
Com curadoria de Raphael Fonseca, “My body is a cage” retira seu título de uma música homônima da banda canadense Arcade Fire. Conforme dizem seus versos, “My body is a cage / that keeps me from dancing to the one I love / but my mind holds the key” (“Meu corpo é uma jaula / que me impede de dançar com quem eu amo / mas minha mente segura a chave”), ou seja, trata-se de uma música que reflete sobre a inevitável prisão à qual todos os humanos estão condicionados biologicamente: o seu próprio corpo. Essa curadoria, portanto, pretende lançar luz sobre essa relação entre corpo, aprisionamento físico e possibilidade de libertação mental por meio de diálogos estabelecidos entre artistas que trabalham com linguagens diferentes e que advém de gerações e geografias diversas do Brasil.
Onze artistas foram convidados para participar da exposição com objetos que refletem seus interesses de pesquisa em torno desses tópicos. Se para alguns deles a relação entre corpo humano e encarceramento se dá através da utilização de materiais que advém de certas tradições clássicas da história da arte (Carla Chaim, Daniel Lannes e Rodrigo Martins), outros parecem ter um interesse mais antropológico em olhar tanto para o corpo do outro, quanto para os seus próprios corpos (Eduardo Montelli, Igor Vidor, Tales Frey e Virgínia de Medeiros). Há também artistas que parecem contemplar o corpo como algo em um espaço limítrofe entre o humano e o animalesco, por vezes esbarrando no campo do grotesco e do abjeto construído de modo imageticamente potente (Raquel Nava e Zé Carlos Garcia) ou experimentando através da repetição e de ações físicas que beiram uma ausência de sentido imediato (Gabriela Mureb e Jorge Soledar).
“My Body Is A Cage”, com Carla Chaim, Daniel Lannes, Eduardo Montelli, Gabriela Mureb, Igor Vidor, Jorge Soledar, Raquel Nava, Rodrigo Martins, Tales Frey, Zé Carlos Garcia, Virginia de Medeiros, Leandra Espírito Santo, Miro Spinelli, Felipe Abdala, Elen Braga e Obá.
Curadoria de Raphael Fonseca
Em cartaz de 19 de outubro a 03 de dezembro
Luciana Caravello
Rua Barão de Jaguaripe, 387 – Ipanema
T: (21) 2523-4696
contato@lucianacaravello.com.br