Anualmente o Conselho do PIPA convida de cinco a sete especialistas em arte contemporânea para compor o Júri de Premiação. São eles os responsáveis por definir o vencedor do PIPA (principal categoria do Prêmio) dentre os quatro finalistas da edição vigente.
O Júri de 2016 deverá escolher um artista dentre os quatro finalistas – Clara Ianni, Gustavo Speridião, Luiza Baldan e Paulo Nazareth – para receber o prêmio de R$130 mil, que inclui a participação no programa de residência artística da Residency Unlimited, em Nova York.
O prêmio em dinheiro e a residência artística não podem ser desmembrados, ou seja: apenas um artista dentre os finalistas deverá receber os R$130 mil, estando incluído neste valor a participação por três meses em 2016, no programa da Residency Unlimited.
O anúncio do vencedor do PIPA 2016 acontece no dia 9 de novembro, com exclusividade aqui no site do Prêmio PIPA.
Critérios
A definição do vencedor acontece durante reunião do Júri de Premiação no MAM-Rio. Além de visitar a exposição dos finalistas (que está em cartaz no MAM-Rio até 13 de novembro), os jurados têm a oportunidade de analisar os portifólios e demais materiais enviados pelos artistas, dentre os quais uma carta na qual cada finalista destaca a importância da participação no programa de residência, que faz parte do prêmio, para sua carreira.
Desta forma a decisão do Júri se baseia no portfólio, na carreia, nas obras apresentadas na exposição do Prêmio PIPA no MAM-Rio, e na importância do prêmio a ser recebido para a trajetória de cada artista. A ponderação desses fatores fica a exclusivo critério dos jurados, podendo inclusive variar a cada ano.
Júri de Premiação do PIPA 2016:
- Gilberto Chateaubriand
- Luiz Camillo Osorio
- Fernando Cocchiarale
- Júlia Rebouças
- Marisa Florido
- Milton Machado
– Fernando Cocchiarale: Artista, crítico, curador e professor de arte. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. No início de 2016, após 9 anos, voltou a ser curador-chefe do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM-RJ. Ele já havia ocupado o posto entre 2001 e 2007. Cocchiarale foi um dos primeiros artistas visuais a utilizar a fotografia no contexto das artes contemporânea, tendo integrado, no início da década de 90, a mostra retrospectiva “Anos 70 – Fotolinguagem”, no Parque Lage, no Rio. Em 1977 graduou-se em filosofia pela PUC do Rio de Janeiro e passou a escrever, mais sistematicamente, para publicações de arte. É doutor em Tecnologias da Comunicação e Estética pela Escola de Comunicação da UFRJ. Desde 1978 é professor de História da Arte e Estética do curso de especialização em História da Arte e Arquitetura no Brasil da PUC-RJ. Desde 1991 é também professor na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Entre as exposições das quais já foi curador estão “Filmes de Artista – Brasil 1965/1980” (2007), “Brasília e o Construtivismo – Um Encontro Adiado” (2010) e “Hélio Oiticica – Museu é o Mundo” (em parceria com César Oiticica, em 2010), entre outras. É ainda autor de livros como “Abstracionismo Geométrico e Informal: A Vanguarda Brasileira dos Anos 50”, com Anna Bella Geiger, e “Quem Tem medo da Arte Contemporânea”.
– Gilberto Chateaubriand: Colecionador, diplomata e empresário brasileiro. Possui uma das maiores e mais importantes coleções privadas de arte moderna e contemporânea brasileira. Cedida em comodato para o MAM-Rio a partir de 1993, a coleção tornou-se acessível permanentemente ao público e vem sendo mostrada com regularidade também em outras instituições do Brasil e do exterior. Sobre a coleção, o crítico Roberto Pontual declara: “(…) por intermédio dela, a arte brasileira do século XX, do modernismo à contemporaneidade, tem a sua mais completa e melhor ilustração.”
– Luiz Camillo Osorio: Crítico de arte, diretor do departamento de Filosofia da PUC-Rio e curador do Instituto PIPA. Foi curador do MAM-Rio entre 2009 e 2015, idealizador e conselheiro do Prêmio PIPA desde a sua criação, em 2010. Graduou-se em Economia (1985) pela PUC-Rio, realizando entre 1986 e 1987 um Diploma em História da Arte Moderna no Modern Art Studies de Londres e, posteriormente, o mestrado e o doutorado em Filosofia na PUC Rio. Curador de diversas exposições importantes no Brasil e ao redor do mundo, inclusive do pavilhão brasileiro da 56ª Bienal de Veneza.
– Milton Machado: Pintor, desenhista, escultor, crítico, fotógrafo, professor. Entre 1965 e 1970, cursou arquitetura e urbanismo na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro – FAU/UFRJ. Realiza sua primeira individual em 1975, na Galeria Maison de France, no Rio de Janeiro. Na mesma cidade, leciona no Centro de Arquitetura e Artes da Universidade Santa Úrsula, entre 1979 e 1994, e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage – EAV/Parque Lage, de 1983 a 1994. Obtém título de mestre em planejamento urbano e regional pela UFRJ em 1985. Muda-se para Londres, em 1994, onde inicia doutorado em artes visuais no Goldsmiths College University of London, concluído em 2000. Volta ao Brasil em 2001 e, em 2002, passa a lecionar história e teoria da arte na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro – EBA/UFRJ. Seus trabalhos foram expostos na 10ª, 19ª e 29ª edições da Bienal de São Paulo (1969, 1987 e 2010) e na 10ª e 7ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre (2015 e 2009), todas no Brasil. Machado também realizou exposições individuais em instituições como Centro Cultural Banco do Brasil (Belo Horizonte, 2015); Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro, 2014); Escola de Artes Visuais Parque Lage (Rio de Janeiro, 2012); Instituto Tomie Ohtake (São Paulo, 2005); Paço Imperial (Rio de Janeiro, 2002); Barbican Centre (Londres, 2000); e Museo Civico Gibellina (Sicília, 1991).
– Júlia Rebouças: Curadora, pesquisadora e crítica de arte, co-curadora da 32ª Bienal de São Paulo, a se realizar em 2016. Desde 2007, trabalha no Instituto Inhotim, como curadora. Desde 2012 colabora com a Associação Cultural VideoBrasil, integrando a comissão curadora dos 18º e 19º Festivais Internacionais de Arte Contemporânea SESC_Videobrasil, em São Paulo. Foi curadora Adjunta da 9ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, mostra intitulada “Se o clima for favorável”, de 13 de setembro a 9 de dezembro de 2013. Realiza diversos projetos curatoriais independentes, dentre os quais destacamos a exposição “Zona de Instabilidade”, com obras da artista Lais Myrrha, na Caixa Cultural Sé, São Paulo, em 2013, e na Caixa Cultural Brasília, em 2014. Integrou o corpo de jurados do concurso que selecionou o projeto arquitetônico e curatorial do Pavilhão do Brasil na Expo Milano 2015, em Brasília. Escreve textos para catálogos de exposições, livros de artista e colabora com revistas de arte. Em 2014, participou da comissão curatorial do livro “Outras fotografias na Arte Brasileira Séc. XXI”, editora Cobogó. Atualmente, trabalha na edição de livro sobre a obra de Sônia Gomes. Graduou-se em Comunicação Social pela Universidade Federal de Pernambuco. É mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal de Minas Gerais e doutoranda pelo mesmo programa
– Marisa Florido: Doutora em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi co-curadora do projeto Ciudad Invadida/ Cidade Invadida: Un proyecto Intinerante; curadora adjunta do projeto Rumos Itaú Cultural Artes Visuais 2001/2003 e curadora da mostra intinerante Sobre(A)ssaltos (2002). Curou a exposição individual de Bruno Vieira para o Instituto Cultural Bandepe. Também participou da comissão julgadora do projeto Trajetórias (2005), da Fundação Joaquim Nabuco; do I SALÃO CATAGUAZES-USIMINAS 2005 e do UNIVERSIDARTE XIII, prêmio da Universidade Estácio de Sá.
Exposição dos Finalistas no MAM-Rio
Assista ao vídeo da montagem com a participação dos finalistas contando sobre as obras em exposição no MAM-Rio: