Fábia Schnoor relaciona palavra e imagem, em “topografia do instante”

(Rio de Janeiro, RJ)

O CCCJ – Centro Cultural da Justiça Federal apresenta “topografia do instante”, exposição individual de Fábia Schnoor. A curadoria é de Keyna Eleison.

Fábia Schnoor

A artista visual Fábia Schnoor pesquisa a memória e as possíveis formas de registro do tempo e do homem. A relação constante entre escolha e acaso, o gesto, as propriedades dos materiais permeiam a construção do seu trabalho. Na mostra “topografia do instante”, a artista carioca apresenta sua mais recente produção. Pautas de caderno, tecido e linhas de costura entram como recursos para o desenho expandido. As linhas das pautas de caderno rompem os limites da gride ocupando o espaço do papel com novos desenhos. As linhas tencionam, se soltam do papel, criando pontos de fuga, novas geometrias e espaços imaginários a percorrer com o olhar.
Fábia ocupa 3 salas do Centro Cultural Justiça Federal, em uma delas apresenta um conjunto de 8 trabalhos da nova série que dá nome à exposição. Nas outras duas salas apresenta trabalhos em grandes formatos da séries Lugar e Cartobiografias, ambas de 2015. Keyna Eleison assina a curadoria e o texto da exposição: “Linhas no tecido, no papel, no traço, na escrita. Uma explosão de linhas declaram que a memória pode dar ao instante algo de novo. A individualidade pode ser a única resposta para que se entenda tudo na totalidade. Inaugura-se um novo mundo, repleto de vivências inéditas. Faz possível lançar-se ao novo sem nada desconhecer.” Fábia Schnoor pensa essa nova série como mais uma forma de relacionar a palavra e a imagem, mesmo que a palavra não esteja propriamente presente.
Ela comenta: “vejo essa expansão da linha como uma espécie de escrita, como um documento de um acontecimento, um relato geométrico. Para mim está presente também nesse romper dos limites da pauta, a relação entre o controle e o não controle, entre o que é domado e o indomado, além dessa paisagem imaginária que se constrói no desenho. Eu planejo muito pouco, existe a ideia, o principio do qual a execução do trabalho parte, mas finalmente ele acontece no momento do fazer como a maior parte do meu trabalho, daí essa relação com o instante, com algo que se cria no tempo corrente”.

Fábia Schnoor é representada pelo Escritório de Arte Martha Pagy

Fábia Schnoor nasceu em 1976 no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha. Tem formação em artes visuais (EAV), cerâmica, arte educação e design (PUC-RJ). Em 2009, participa do curso História e Tempo: História e Cultura da Memória com a professora Margarida de Souza Neves na PUC-RJ, fundamental para o desenvolvimento da sua pesquisa interdisciplinar sobre a memória. De 2009 a 2012, tem seu trabalho acompanhado pela artista Iole de Freitas no curso Análise e Inserção da Produção Contemporânea, e, em 2012, é selecionada para o programa Projeto Pesquisa sob a curadoria de Gloria Ferreira e Luiz Ernesto, ambos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage – EAV. Em 2012, é assistente do artista Antony Gormley na montagem do trabalho Amazonian Field – CCBB-RJ. Em 2013, participa do programa de Residência Berlin Im Fokus, em Berlim.
Fábia fez sua primeira exposição individual comemorar, em 2011 na Galeria Largo das Artes, RJ, com curadoria de Martha Pagy. Participou de exposições coletivas no Brasil e no exterior. Algumas delas: Residual Benefits, phICA, Instituto de Arte Contemporânea de Phoenix – Arizona, EUA, 2012, com curadoria de Ted Decker; Abre Alas, A Gentil Carioca, RJ, 2013, com curadoria de João Modé, Alexandre Sá e Daniela Castro; Noite Azul Elétrico, Mendes Wood, SP, 2013, com curadoria de Ricardo Sardenberg; A Imagem em Questão, EAV, 2013, com curadoria de Glória Ferreira e Luiz Ernesto; Ressonâncias, Künstlerhaus Bethanien, Berlim, 2013. Desde 2009, realiza a intervenção urbana Hand Made em diversas cidades do Brasil e do exterior como Rio de Janeiro, Salvador, Paris, Amsterdam, Berlim, Londres e Basel. Em 2013 é vencedora do Projeto Múltiplo – Instituto Plajap. Em 2014 é indicada ao Prêmio Pipa e em 2015 faz a exposição individual LUGAR, no CCCM, Centro Cultural Candido Mendes, RJ, a convite de Paulo Sergio Duarte que assina a curadoria e o texto crítico, ainda em 2015 faz a residência ECHANGEUR 22, na França.

“topografia do instante”, individual de Fábia Schnoor
Curadoria de Keyna Eleison
Abertura: 07 de outubro, às 19h
Em cartaz até 20 de novembro

CCCJ – Centro Cultural da Justiça Federal
Av.Rio Branco 241, Centro – RJ
Funcionamento: De terça a domingo, das 12h às 19h
T: (21) 3261-2550
ccjf@trf2.jus.br



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