Exposição do Prêmio PIPA 2016 – Em cartaz no MAM-Rio

(Rio de Janeiro, RJ)

A exposição da sétima edição do Prêmio PIPA 2016 está em cartaz no MAM-Rio até o dia 13 de novembro.

Um dos mais importantes prêmios de arte do Brasil apresenta obras dos quatro artistas finalistas de 2016: Clara Ianni, Gustavo Speridião, Luiza Baldan e Paulo Nazareth. O PIPA chega a sua sétima edição mantendo a missão de divulgar, estimular e apoiar a arte contemporânea brasileira. Anualmente participam da exposição do Prêmio no MAM-Rio quatro finalistas selecionados pelo Conselho, dentre os 71 artistas indicados, com trajetória recente e produção relevante, nomeados pelo Comitê de Indicação da edição vigente.

Paralelamente à exposição dos finalistas, o Prêmio PIPA sempre reserva um espaço para a participação do público, a “Área de Convivência”. Desde a edição de 2014 coordenada pelos arte educadores Jean D. Soares e Virgínia Mota, o espaço abriga uma série de atividades e workshops, construindo uma ponte entre os profissionais da arte e os visitantes em geral.

Um destes eventos, o “PIPA Convida”, tem sua primeira edição no dia 19 de outubro, às 15h, no MAM-Rio. Com a presença de Clarissa Diniz, Luiz Camillo Osorio e Felipe Ribeiro, a conversa sobre os “Novos Desafios Curatoriais” acontece na Área de Convivência da exposição e busca discutir o papel da curadoria hoje, os desafios nas relações entre curadores, artistas e obras de arte, e o que esperar do futuro das exposições.

Sobre os finalistas e suas obras:

São quatro artistas com poéticas contundentes, diversificadas e de alta intensidade política. Em um país e um mundo convulsionados por crises e desafios político ­civilizatórios, o que se espera da arte, no mínimo, é compromisso sem adesão com o momento.”, comenta o curador do Instituto PIPA, Luiz Camillo Osorio.

Clara Ianni, cuja pesquisa de doutorado em Artes Visuais na USP é focada na relação entre arte e política, mostra o vídeo-instalação “Círculo” (2014-2016).

“Círculo” apresenta um documentário em vídeo de uma manifestação contra a Copa do Mundo de Futebol, pelas ruas de São Paulo em 2014, onde a polícia usa a técnica Caldeirão de Hamburgo, onde com formação circular confina a multidão em determinada área. “A ideia do trabalho é fazer-nos pensar sobre a forma do círculo e suas diversas aplicações”, diz Clara. A artista aplica um círculo em vinil no chão do museu, onde o espectador assiste o filme e pode se sentir confinado dentro de um caldeirão. A artista também faz a analogia do círculo de Hamburgo com as fitas nos museus que indicam a distância mínima de aproximação para ver uma obra de arte.

Gustavo Speridião, provavelmente, é o artista em que a pegada de política é mais explícita. Ele está mostrando a pinturainstalação “Fora” (2013), uma tela de 6,5 metros grampeada na parede, onde ele usa palavras na pintura para ocupar o plano pictórico como se fosse uma bandeira manifestação política ou um caderno de anotações políticas. Speridião destaca na pintura: “As lágrimas, sangue, suor e nanquim – falando do processo de trabalho, o material é basicamente isso.

Todo mundo tem um perfil muito político. Talvez na obra de Baldan é onde essa abordagem é menos óbvia, mas pode ser encontrado na forma como ela explora a arquitetura“, diz Osorio.

Luiza Baldan apresenta a videoinstalação “Perabé” (2014-2015) uma narrativa contemporânea da relação da artista com as cidades que ela viveu. “São Paulo foi a primeira cidade onde eu morei, por um curto período de tempo que não está na costa e eu percebi o quanto eu sinto falta do mar na minha relação com a cidade “. É uma coleção de fotografias e um texto escrito pelo artista, lida a quatro vozes diferentes através de quatro canais de som separados.

De acordo com Luiza, “O trabalho de Paulo Nazareth tem uma pegada completamente diferente do meu, mas tem essa coisa do deslocamento da errância. Você de alguma forma ir construindo coisas que você coleta e vai encontrando ao longo do caminho“.

Paulo Nazareth que tem viajado longas distâncias a pé, da aldeia de Caiová para Nova York, de Miami a Mumbai, entre vários destinos curiosos; apresenta a série “Produtos de Genocidio” (2015-2016), um instalação composta de objetos “já feitos”, serigrafias, gravuras e um vídeo. A série reflete sobre o extermínio das populações indígenas e a apropriação de elementos de sua cultura como bens de consumo.

Nazaré observa: “Eu não sei como nossas obras vão dialogar, ao mesmo tempo que estamos dialogando por estarmos vivendo o mesmo no tempo. Cada um de nós com sua história e sua maneira de encarar esse momento histórico atual“.

Sobre a premiação:

Os artistas estarão concorrendo ao prêmio principal do PIPA, no valor de R$130mil (estando incluído no montante a participação do artista vencedor por de 3 meses no programa de residência da Residency Unlimited em Nova York). A escolha do vencedor será feita pelo Júri de Premiação 2016 (cuja composição será divulgada no dia 21 de outubro) tendo como critérios para a avaliação o portfolio e a trajetória dos artistas, as obras apresentada na exposição do MAM-­Rio e a importância do prêmio para a carreira do vencedor. O vencedor do prêmio principal será anunciado no dia 9 de novembro.

Os finalistas concorrem ainda ao PIPA Voto Popular Exposição, onde os visitantes da mostra elegem um vencedor para receber R$24mil, através de voto a ser depositado em uma urna presente no museu. A votação acontece até o dia 30 de outubro e o vencedor será anunciado no dia 2 de novembro.

Os finalistas doarão, cada um, uma obra para o MAM-­Rio. Com isso serão 28 obras integradas à coleção do museu ao longo dos 7 anos do Prêmio (4 por ano). A incorporação de obras de artistas contemporâneos à coleção do MAM­Rio é parte do objetivo da premiação desde a sua criação, em 2010.

Veja fotos exclusivas da abertura, que ocorreu no dia 3 de setembro:

Sobre os finalistas e suas obras:

“São quatro artistas com poéticas contundentes, diversificadas e de alta intensidade política. Em um país e um mundo convulsionados por crises e desafios político ­civilizatórios, o que se espera da arte, no mínimo, é compromisso sem adesão com o momento.”, comenta o curador do Instituto PIPA, Luiz Camillo Osorio.

Assista ao vídeo da montagem com a participação dos finalistas contando um pouco sobre o que estão expondo:

Os catálogos do Prêmio podem ser baixados gratuitamente em PDF diretamente no site. Já estão disponíveis os livros de todas as edições, de 2010 a 2016 (esta última, com 6.9Mb, recentemente adicionada). Para mais informações sobre o catálogo, clique aqui. 

Visite a mostra dos finalistas do Prêmio PIPA 2016 de 3 de setembro a 13 de novembro, no MAM-­Rio.

Prêmio PIPA 2016 – com Clara Ianni, Gustavo Speridião, Luiza Baldan e Paulo Nazareth.
Em cartaz até 13 de novembro
Voto Popular – votação aberta até 30 de outubro

Museu de Arte Moderna Rio de Janeiro
Av Infante Dom Henrique 85, Parque do Flamengo 20021-140 Rio de Janeiro RJ Brasil.
T +55 (21) 3883 5600
www.mamrio.org.br facebook/museudeartemodernarj
twitter/mam_rio

Horários
ter – sex 12h – 18h | sáb, dom e feriados 12h – 19h
A bilheteria fecha 30 min antes do término do horário de visitação.

Ingressos
Exposições R$14,00 (inclui uma sessão gratuita na cinemateca válida no dia da emissão do ingresso).
Maiores de 60 anos e estudantes maiores de 12 anos R$7,00. Domingos ingresso família até 5 pessoas R$12,00.
Cinemateca R$6,00
Maiores de 60 anos e estudantes maiores de 12 anos R$3,00. GRATUIDADES Amigos do l, crianças até 12 anos e funcionários das empresas mantenedoras e parceiras (mediante apresentação de crachá, com direito a um acompanhante) e quartas após às 15h.

Como chegar Referência: O Museu de Arte Moderna está localizado entre o Monumento aos Pracinhas e o Aeroporto Santos Dumont

Ônibus (linhas e pontos)
Da Zona Sul >> Via Parque do Flamengo: 472 (Leme), 438(Leblon),154 (Ipanema), 401 (Flamengo), 422 (Cosme Velho). Ponto na Avenida Beira Mar em frente à passarela.
Via Aterro: 121, 125 e 127 (Copacabana). Ponto na Avenida Presidente Antônio Carlos em frente ao Consulado da França.
Da Zona Norte >> 422 (Tijuca), 472 (São Cristóvão), 438 (Vila Isabel),401 (Rio Comprido). Ponto na Avenida Presidente Wilson, em frente à Academia Brasileira de Letras.
Da Zona Oeste >> Frescão Taquara-Castelo (via Zona Sul). Ponto mais próximo localiza-se na Avenida Presidente Wilson, em frente à Academia Brasileira de Letras.
Metrô: Estação Cinelândia

Acesso a deficientes Cadeiras de rodas, rampas de acesso até os salões de exposição, elevadores e sanitários especiais.

Estacionamento Pago no local 7h – 22h

Para mais informações acesse http://mamrio.org.br.

 



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