Votação no 2º turno do PIPA Online 2016 termina domingo

Termina neste domingo o 2º turno do PIPA Online 2016. Até 7 de agosto o público poderá votar nos 10 artistas que conquistaram pelo menos 500 votos no 1º turno e se classificaram para a segunda etapa.  O vencedor será o artista que possuir mais votos em sua página ao final do 2º turno. Ele receberá R$ 10 mil. O segundo artista com mais votos receberá R$ 6 mil. Ambos doarão uma obra para o Instituto PIPA (a serem definidas em comum acordo entre os artistas e a coordenação do Instituto).

 

Perfil dos participantes

Todos os 10 artistas classificados para o 2º turno foram indicados ao Prêmio PIPA pela primeira vez nesta edição. São 5 homens e 5 mulheres, com idades entre os 27 e os 52 anos, naturais de estados do Distrito Federal, Norte, Nordeste, Sudeste do país. Este ano, pela primeira vez na história do PIPA, três índios foram indicados ao Prêmio.

Saiba um pouco mais sobre os artistas (clique no nome do artista para acessar sua respectiva página com mais informações, imagens, vídeos e textos críticos):

Jaider Esbell (Normandia, RR, 1979)

Conquistou 1506 votos do público, sendo o artista mais votado no 1º turno do PIPA Online. Índio Macuxi da Amazônia, nasceu em ambiente fértil para as artes e interessa-se também pela escrita. A afinidade com a literatura vem da infância, quando, sendo neto de índio, ouviu muitas estórias contatas por seu avô, que transmitia os saberes ancestrais por meio da oralidade.

Seu trabalho explora o caos das expressões humanas e não humanas, as forças da floresta, dos seres e suas influências: ancestralidade, conhecimento, memória, diálogos, plasticidade contemporânea, política global, o ser local, xamanismo visual, poder. Palavra, imagem, som, silêncio – comunicação em todas as linguagens – também são interesses explorados em sua obra.

Arissana Pataxó (Porto Seguro, BA, 1983)

Segunda colocada no 1º turno do PIPA Online com 984 votos computados. Índia da etnia Pataxó, a artista vive e trabalha em Santa Cruz Cabrália, BA, onde desenvolve uma produção artística em diversas técnicas, abordando a temática indígena como parte do mundo contemporâneo.

Cursou Artes Plásticas na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia de 2005 a 2009, tendo desenvolvido ao longo de seus estudos atividades de extensão de arte-educação com o povo Pataxó: oficinas e produção de material didático. Além dos Pataxó, continua trabalhando com outros povos indígenas da Bahia com atividades de arte-educação e produção de material didático.

Matias Mesquita (Rio de Janeiro, RJ, 1976)

O carioca Matias Mesquita, que pontuou 702 votos no 1º turno, é graduado em Desenho Industrial/Comunicação Visual pela PUC-Rio. Vem, desde 2009, participando em diversas mostras coletivas, sendo algumas realizadas em importantes galerias como A Gentil Carioca, Luciana Caravello e AmareloNegro, no Rio de Janeiro, Emma Thomas e Oscar Cruz, em São Paulo, e no Phoenix Institute of Contemporary Art (phICA), nos EUA.

Foi vencedor do prêmio IBRAM na ArtRio 2011 e terceiro colocado no Prêmio 20º Encontro de Artes de Atibaia, e realizou, em 2012, sua primeira exposição individual, “Incontáveis”, na galeria A Gentil Carioca. Desde 2013 vive e trabalha em Brasília, onde foi fundador, ao lado da gestora cultural Flavia Gimenes, do Elefante Centro Cultural, espaço autônomo de artes visuais que convida e estimula artistas e curadores a desenvolver projetos de produção contemporânea.

Alexandre Mury (São Fidélis, RJ, 1976)

Dedica-se tanto à recriação de obras preexistentes quanto a representações, sem referencial fixo, de figuras que compõem o imaginário cultural. Seu trabalho dialoga com a história da arte. Dominando todo o processo de elaboração: do figurino, à cenografia aos modos de incidência da câmera, alcança a sua própria maneira de inserção na cena contemporânea.

“A obra de Mury faz vibrar a inquietação muito contemporânea do desequilíbrio em favor da mensagem e em detrimento do meio: fruto da cultura compartilhável, da intercambialidade de formatos, o conteúdo parecia retomar fôlego depois de décadas de primazia da forma” comentou certa vez o professor Márcio C. Campos sobre o trabalho do artista que conquistou 671 votos no 1º turno do PIPA Online.

Isaías Sales (Tarauacá, AC, 1964)

Também chamado Ibã Huni Kuin, Isaías Sales – que recebeu 638 votos do público no 1º turno do PIPA Online – é o txana (mestre cantor) em torno do qual se constitui o MAHKU – Movimento dos Artistas Huni Kuin. Os Huni Kuin vivem na fronteira do Brasil com o Peru, porém estão distribuídos por diversas terras indígenas no estado do Acre. Falam o idioma hatxa kuin, pertencente à família linguística Pano. Têm uma história de intenso contato com a economia seringalista que dominou a região amazônica em períodos decisivos do século XX.

Sales é pesquisador indígena, tendo consolidado sua carreira como especialista nas artes musicais huni kuin com participações em encontros e publicações. Compõe o LABI – Laboratório de Imagem e Som (UFAC Floresta) onde, ao lado de seu filho, o pesquisador e artista visual Bane Huni Kuin, faz experimentações com a composição desenho-canto-vídeo como meio de pesquisa acadêmica e expressão artística.

Moisés Patrício (São Paulo, SP, 1984)

Artista visual e arte educador, Moisés Patrício trabalha com fotografia, vídeo, performance, rituais e instalações em obras que lidam com elementos da cultura latina e afro-brasileira. Participou recentemente da Bienal de Dakar no Museum Of African Arts (Senegal, 2016) e da mostra “A Nova Mão Afro Brasileira” no Museu Afro Brasil (São Paulo, SP, 2014) e alcançou 588 votos do público no 1º turno do PIPA Online.

“É possível alinhar alguns dos trabalhos de Moisés Patrício a tradição plástica que olha o candomblé, muitas vezes a partir de dentro, como é o caso de alguns dos artistas acima citados. Patrício, como eles experimenta esse movimento dentro/fora. Iniciado a pouco mais de quatro anos, ele lembra que sua bisavó teve o terreiro destruído na cidade de Mendes Pimentel, no Sul de Minas, e foi perseguida durante o Estado Novo (1937-1945)” comenta o crítico e curador Alexandre Araújo Bispo.

Naiana Magalhães (Fortaleza, CE, 1986)

Naiara é graduada em Artes Visuais pela Universidade de Fortaleza e aluna do Laboratório de Artes Visuais da Vila das Artes, na mesma cidade. Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e conquistou 564 votos no 1º turno do PIPA Online. Em 2015 participou de residência artística em Quebec, Canadá, no instituto La Chambre Blanche, em parceria com o LabMIS-SP; do 66º Salão de Abril em Fortaleza, CE e da 10ª Bienal do Mercosul em Porto Alegre, RS. Atualmente é mestranda no Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do Ceará.

Segundo Marcelo Campos, “Naiana Magalhães apresenta rara compreensão da imagem em movimento, criando filmes, onde situações corriqueiras e familiares tornam-se apartadas da trivialidade para adquirirem teor enigmático. (…) Naiana faz uso de certo ar irônico e surrealista, pois retira de fatos diversos, repetitivos, o absurdo do comportamento humano.”

Ingrid Bittar (Rio de Janeiro, RJ, 1989)

Terceira mulher mais votada no PIPA Online, chegou ao final do 1º turno com 552 votos. Ingrid é graduada em Desenho Industrial pela PUC-Rio. Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage onde atuou também como monitora no curso Teoria e Portfólio com Marcelo Campos e Efrain Almeida em 2014. Em fevereiro de 2014, foi selecionada para o 89plus, organizado por Hans Ulrich e Simon Castets, no MAM-Rio.

Seleciona e utiliza apenas materiais originais de livros, revistas e catálogos sem manipulação digital para abordar temáticas do cotidiano através da colagem. Reconstrói, sem a pretensão de reinventar, o universo a partir dos resíduos gráficos dele mesmo. Suas referências são majoritariamente literárias.

Leandra Espírito Santo (Volta Redonda, RJ, 1983)

Com 546 votos do público, Leandra atualmente se divide entre as capitais do Rio de Janeiro, onde vive, e São Paulo, onde é doutoranda em Artes Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Em entrevista recentemente concedida para o Prêmio PIPA, a artista comenta a influência do modo de viver no entorno de sua casa (no centro do Rio) com a sua produção mais recente: “A realidade do Centro do Rio me mobiliza bastante. As formas de viver aqui do Centro, onde tudo é sempre muito flexível e sempre se adaptando às situações. Uma forma de viver meio gambiarra. Os meus primeiros trabalhos têm um pouco a ver com isso, você desconstruir os objetos, usar os objetos pra outra coisa.”

Recebeu o Prêmio Estímulo no 42º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto da Prefeitura de Santo André (SP) e foi contemplada na Chamada Artes Visuais da Secretaria de Cultura de Niterói, através da qual realizou sua primeira individual “Incubadora” no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, Niterói, RJ.

Adriana Vignoli (Brasília, DF, 1981)

Última artista a se classificar para o 2º turno, com 538 votos, Adriana é mestre em Artes Visuais pela Universidade de Brasília, DF. Entre 2013 e 2014, trabalhou em ateliê e expos em Wiesbaden e Berlim, Alemanha. Em 2016 foi contemplada com o prêmio do Salão Mestre D’armas (3º lugar), no Museu Histórico de Planaltina, Brasília, DF; e em 2015 com o Prêmio FUNARTE de Arte Contemporânea.

Em seus objetos ela utiliza materiais como o vidro, a terra, a pedra e o metal e vem elaborando uma poética de coisas “autônomas e utópicas”, que conectam o arcaico ao presente, ou mesmo, confabulam um futuro. Suas obras se envolvem por temáticas do tempo, da paisagem e da arquitetura.

 

Leia as reportagens que saíram na mídia sobre os artistas que participam do 2º turno do PIPA Online 2016:

Folha Web fala sobre a participação de Jaider Esbell na premiação

Matias Mesquita e Adriana Vignoli são destaques em matéria de importante jornal de Brasília

 

Veja alguns trabalhos dos 10 artistas classificados para o 2º turno:

Regras do PIPA Online

O PIPA Online é a categoria do Prêmio na qual todos os artistas indicados na edição vigente são convidados a participar. A participação não é obrigatória. O vencedor é definido pelo número de votos recebidos em sua página, aqui no site. O objetivo principal é divulgar todos os artistas indicados e a arte contemporânea brasileira através da internet.

A votação acontece em dois turnos, com duração de 8 dias cada, sempre de domingo a domingo. Durante esse período, os visitantes do site devem acessar as páginas dos artistas participantes para votar. Ao final do 1º turno os votos são zerados e a contagem recomeça no 2º turno. Apenas os artistas que conquistarem o mínimo de 500 votos no 1º turno, passam para o 2º.

Cronograma do PIPA Online

17 de julho – Início do 1º turno do PIPA Online
24 de julho – Término do 1º turno do PIPA Online
31 de julho – Início do 2º turno do PIPA Online
7 de agosto – Término do 2º turno do PIPA Online
8 de agosto – Anúncio do vencedor do PIPA Online

Como votar no PIPA Online?



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