Laercio Redondo apresenta nova individual no MAM-Rio a partir da próxima semana

(Rio de Janeiro, RJ)

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro recebe a partir da próxima semana a nova individual de Laercio Redondo, “O que acaba todos os dias”, com curadoria de Justine Ludwig.

unnamed-6
 
Laercio Redondo escava memórias, muitas vezes usando a arquitetura e seus criadores como ponto de partida. Profundamente atento à pesquisa da dinâmica cultural, Redondo mescla narrativa poética a uma visão pessoal para criar instalações multifacetadas. Nesta exposição ele examina importantes figuras brasileiras, como Athos Bulcão, Lota de Macedo Soares e Lina Bo Bardi. Muitas vezes, dando voz aos que foram silenciados, Redondo aponta as implicações universais do esquecimento coletivo.
 
“O que acaba todos os dias” reúne trabalhos em diversas mídias criados entre 2007 e o momento presente. Ponto central da exposição é Desvios, uma nova vídeoinstalação que percorre a distância entre o Parque do Flamengo projetado por Lota de Macedo Soares, onde se localiza o museu e a Casa Samambaia, sua residência particular fora da cidade do Rio de Janeiro, na serra de Petrópolis. A trilha sonora do filme chama a atenção para a evidente ausência de Lota de Macedo Soares na memória coletiva brasileira.
 
Destacam-se também na exposição Lina Bo Bardi e sua Casa de Vidro. Redondo explora sua obra-prima em dois trabalhos – o vídeo A Casa de Vidro e uma série de fotografias Blow Up / A Casa de Vidro. O vídeo mostra o registro da casa em duas ocasiões, uma em 1999 e outra em 2008. Ele chama a atenção para a natureza habitada da casa, em contraste com a percepção de um remanescente arquitetônico.
 
O foco de Blow Up / A Casa de Vidro está nos detalhes e objetos que foram ampliados a partir das imagens originais da casa até o ponto de perderem a nitidez. Elas servem de contraponto às fotos arquitetônicas tradicionais pelo fato que a própria casa é suprimida da imagem. As imagens evidenciam os objetos que permaneceram na casa durante o período da restauração, transformando-os em artefatos que perderam sua finalidade original.
 
A exposição ainda evoca duas outras pessoas: o artista brasileiro Athos Bulcão e o artista americano de origem cubana Félix González-Torres. Bulcão é apresentado no vídeo Retoque. Neste trabalho, um mural de azulejos de Bulcão se traduz numa partitura musical. Em Para mirar al sur – After Untitled / Perfect Lovers, Redondo interpreta os relógios de González-Torres como dois relógios de sol despertos pelo sol cubano. O trabalho chama a atenção para o papel do contexto, uma vez que só funciona realmente em Havana. Redondo cria conversas com esses dois artistas que atravessam o espaço e o tempo.
 
O que acaba todos os dias é uma reflexão sobre a cidade e o país que o rodeia, com toda a sua complexa dinâmica social. Ele repensa o relacionamento da arquitetura com a identidade, tanto no nível pessoal quanto no nacional. Redondo, através de sua prática, ressuscita profissionais da área da cultura cujas obras permanecem relevantes até hoje.

“O que acaba todos os dias”, de Laercio Redondo
Curadoria de Justine Ludwig
Abertura: 12 de dezembro, das 15h às 19h
Em cartaz até 14 de fevereiro

Museu de Arte Moderna Rio de Janeiro
Av Infante Dom Henrique 85, Parque do Flamengo 20021-140 Rio de Janeiro, RJ – Brasil.
T +55 (21) 3883 5600
www.mamrio.org.br facebook/museudeartemodernarj
twitter/mam_rio

Horários
ter – sex 12h – 18h | sáb, dom e feriados 12h – 19h
A bilheteria fecha 30 min antes do término do horário de visitação.

Ingressos
Exposições R$14,00 (inclui uma sessão gratuita na cinemateca válida no dia da emissão do ingresso).
Maiores de 60 anos e estudantes maiores de 12 anos R$7,00. Domingos ingresso família até 5 pessoas R$14,00.
Cinemateca R$8,00
Maiores de 60 anos e estudantes maiores de 12 anos R$4,00. GRATUIDADES Amigos do MAM, crianças até 12 anos e funcionários das empresas mantenedoras e parceiras (mediante apresentação de crachá, com direito a um acompanhante) e quartas após às 15h.

Como chegar Referência: O Museu de Arte Moderna está localizado entre o Monumento aos Pracinhas e o Aeroporto Santos Dumont

Ônibus (linhas e pontos)
Da Zona Sul >> Via Parque do Flamengo: 472 (Leme), 438(Leblon),154 (Ipanema), 401 (Flamengo), 422 (Cosme Velho). Ponto na Avenida Beira Mar em frente à passarela.
Via Aterro: 121, 125 e 127 (Copacabana). Ponto na Avenida Presidente Antônio Carlos em frente ao Consulado da França.
Da Zona Norte >> 422 (Tijuca), 472 (São Cristóvão), 438 (Vila Isabel),401 (Rio Comprido). Ponto na Avenida Presidente Wilson, em frente à Academia Brasileira de Letras.
Da Zona Oeste >> Frescão Taquara-Castelo (via Zona Sul). Ponto mais próximo localiza-se na Avenida Presidente Wilson, em frente à Academia Brasileira de Letras.
Metrô: Estação Cinelândia

Acesso a deficientes Cadeiras de rodas, rampas de acesso até os salões de exposição, elevadores e sanitários especiais.

Estacionamento Pago no local 7h – 22h

Para mais informações acesse http://mamrio.org.br.



O PIPA respeita a liberdade de expressão e adverte que algumas imagens de trabalhos publicadas nesse site podem ser consideradas inadequadas para menores de 18 anos. Copyright © Instituto PIPA