(São Paulo, SP)
O Instituto Tomie Ohtake recebe a partir da próxima semana a coletiva “Arte e Ciência – nós entre os extremos”, com curadoria de Paulo Miyada (membro do Comitê Indicação do PIPA 2014). A mostra propõe que o público possa rever a arte pelos olhos da ciência e expandir a sua relação com a ciência por meio da arte.
Com 35 obras de 16 artistas, a exposição busca colocar o pensamento do espectador em um plano mais abstrato, daquilo que sabemos, mas não conseguimos captar com os nossos sentidos, seja pela incalculável grandeza ou pela mais ínfima e transparente dimensão. “Esta exposição é justamente um ensaio sobre como a arte pode abrir caminho para pensar um universo muito mais amplo (macro e micro) do que percebemos usualmente, tornando palpáveis para o espectador uma parcela do campo em que a ciência hoje está travando suas mais decisivas batalhas”, explica o curador.
Segundo o curador, se pensarmos de maneira pragmática, podemos aprender o que é um ano-luz, mas não apreendemos essa escala; sabemos que o Grand Canyon foi esculpido pelas forças da natureza, mas é algo lento demais para acompanharmos; pensamos em micróbios e usufruímos de inúmeras substâncias que intervêm no nosso equilíbrio molecular, mas não vemos nada disso acontecer. “Nosso pensamento é mais largo e mais preciso que nossos sentidos, e o que a arte e outras atividades humanas fazem é justamente ampliar o campo do sensível, tornar possível estar junto com dimensões, escalas e complexidades que o conhecimento objetivo não consegue transportar”, completa Miyada.
Dois cientistas, Fernando Reinach e Jorge Vieira, um especialista em síntese molecular e um físico astronômico respectivamente, serão entrevistados sobre assuntos e conceitos abstratos para maior parte das pessoas, tendo as obras como referência para explica-los. Os vídeos com estas entrevistas fazem parte da mostra. Assim, o público poderá rever as obras pelo olhar da ciência.
Veja imagens de alguns dos artistas participantes da mostra:
“Arte e Ciência – nós entre os extremos”, coletiva com Daniel de Paula, Gisela Motta e Leandro Lima, Leticia Ramos, Marcelo Moscheta, Marcius Galan e Pontogor
Curadoria de Paulo Miyada
Abertura: 26 de novembro
Em cartaz até 14 de fevereiro de 2016
Entrada franca
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropés 88) – Pinheiros
Funcionamento: terça a domingo, das 11h às 20h
t: +55 11 2245 1900