Ao longo desta semana vamos conhecer os artistas que irão concorrer a sexta edição do Prêmio IP Capital Partners de Arte – o PIPA 2015. Os nomes dos artistas serão divulgados na próxima semana, de segunda à sexta-feira (9 a 13 de março), em três boletins diários as 11, 15 e 19 horas.
Os artistas que concorrem ao PIPA são icndicados pelo Comitê de Indicação, já que não há inscrições para concorrer ao Prêmio. Os membros do Comitê de Indicação variam a cada ano e são renomados profissionais, nacionais ou estrangeiros, que atuam com arte contemporânea, tais como artistas consagrados, colecionadores, curadores, professores, críticos e galeristas, sendo que estes últimos não podem indicar artistas que sejam representados comercialmente por sua galeria.
Os membros do Comitê de Indicação tomam por base que o artista indicado deverá ter trajetória recente, e já ter se destacado no circuito. Os indicadores consideram ainda como parâmetro a relevância do prêmio para melhor desenvolvimento e crescimento do artista.
Cada membro do Comitê pode indicar até três artistas. Após serem indicados os artistas ainda precisam concordar com os termos do Regulamento e cumprir os prazos estabelecidos pela Coordenação do PIPA para concorrer ao Prêmio em suas quatro categorias:
● PIPA – O vencedor, eleito pelo Júri de Premiação, receberá um total de R$100.000, sendo parte desse valor (aproximadamente 20%) empregado na participação do artista no Programa de Residência Artística Internacional da Residency Unlimited, em Nova York, pelo período de três meses.
● PIPA Voto Popular Exposição – O vencedor, eleito pelos visitantes da exposição do PIPA no MAM-Rio, receberá R$20.000.
● PIPA Online – Um artista, dentre os cinco mais votados pelo público através de votação na internet, será eleito pelo Júri do PIPA Online e receberá R$10.000 mais a participação por dois meses no programa de residência artística do Instituto Sacatar.
● PIPA Online Popular – O artista mais votado pelo público, através de votação na internet, receberá R$5.000.
De 2010 a 2012 os membros do Comitê podiam indicar, cada um, ate cinco artistas para concorrer ao Prêmio. Desde 2013 esse número foi reduzido para três, para dar maior peso a cada indicação e maior destaque para cara artista. Como este ano temos 26 indicadores, teremos algo entre 3 (se todos os indicadores indicarem os mesmos artistas) e 78 artistas indicados – se não houver nenhuma coincidência nas indicações dos membros do Comitê. Veja os números de artistas participantes x membros do Comitê ao longo das edições anteriores e faça sua aposta. Quantos artistas você acha que participarão do PIPA em 2015?
Histórico Indicadores X Indicados
2010 (cada membro do Comitê indica até 5 artistas)
32 membros do Comitê (ou “indicadores”)
88 artistas participantes
2011 (até 5 indicações)
31 indicadores
72 artistas
2012 (até 5 indicações)
33 indicadores
102 artistas
2013 (cada membro do Comitê indica até 3 artistas)
25 indicadores
48 artistas
2014 (até 3 indicações)
31 indicadores
70 artistas
2015
26 indicadores
xx artistas
Inelegíveis
Os artistas que venceram a principal categoria (PIPA) em alguma edição não podem mais concorrer ao Prêmio. São eles:
– Renata Lucas, indicada e declarada finalista logo na primeira edição do PIPA, Renata Lucas é natural de Ribeirão Preto, São Paulo, mas vive e trabalha no Rio de Janeiro há alguns anos.
Na exposição do PIPA 2010, Lucas concorreu com Cinthia Marcelle, Marcelo Moscheta e Marcius Galan, e montou “Mínimo denominador comum“, instalação que trabalhava os vidros do próprio museu, com cortes e maçanetas que iludiam o visitante com falsas portas.
– Tatiana Blass foi a vencedora do PIPA 2011. Em exposição ao lado de André Komatsu, Eduardo Berliner e Jonathas de Andrade, Blass apresentou “Luz que cega #1 – Sentado”, uma instalação inédita composta por uma escultura de cera microcristalina na forma de um homem, uma cadeira e um refletor que ia, conforme derretia a cera, revelando uma peça de bronze fundido no formato de uma espinha dorsal. Apresentou também as telas “Acidente #5″ e “Acidente #2″ e o vídeo “Metade da fala no chão – Piano surdo”.
Naquele ano, a artista que é natural de São Paulo, capital, e que já tinha sido indicada al PIPA em 2010 não só foi vencedora do PIPA (principal categoria), como foi ainda a escolha do público no PIPA Voto Popular Exposição 2011.
– Marcius Galan – que já havia sido finalista na primeira edição do PIPA – voltou à exposição do PIPA em 2012. Naquele ano dividiu o espaço da mostra com Matheus Rocha Pitta, Rodrigo Braga e Thiago Rocha Pitta.
Galan apresentou a obra “Obra de arte em cinco vias”, 2012, jato de tinta sobre papel, 21 x 29,7cm, composta por seis vias em cores diversas emolduradas. Dentre elas, uma era intitulada “via do público” e suas folhas podiam ser destacadas por quem visitava a mostra. Outra continha o texto de um contrato. Galan, que nasceu em Indianapolis, EUA, vive e trabalha em São Paulo, foi o grande vencedor do Prêmio em 2012.
– Cadu foi o vencedor do PIPA 2013 e expôs no MAM-Rio ao lado de Berna Reale, Camila Soato e Laercio Redondo.
O carioca apresentou o “frame” em tamanho real de uma cabana, suspenso sob as vigas do museu. A obra era um desdobramento de um projeto no qual Cadu construiu uma pequena cabana de madeira na região serrana do Rio de Janeiro, e nela viveu isoladamente por um ano. Com recursos escassos e desprovido dos confortos urbanos, desejou empurrar os limites entre arte e vida a territórios onde a própria vida se fez limite. No MAM, o “frame” representou um templo que nunca tocou o solo e que mais incorporal do que nunca, contendo em seu interior uma publicação com trechos de seu diário disponível ao público.
– Alice Miceli foi indicada em quatro das cinco edições passadas do PIPA. Em 2014 foi finalmente finalista – ao lado de Daniel Steegmann Mangrané, Thiago Martins de Melo e Wagner Malta Tavares – e venceu tanto o PIPA, quanto o PIPA Voto Popular Exposição.
Na exposição Miceli apresentou “Em profundidade (campos-minados)”, obra inédita composta por 12 imagens de grande escala (aproximadamente 105 x 70cm, cada uma). Segundo a artista “o espaço de campos-minados é intrigante na medida em que, neles, o que é impenetrável se estabelece na própria profundidade real do espaço a ser atravessado, e representado na imagem. Esta pesquisa explora, desta forma, questões de posicionamento e perspectiva (histórica, espacial, imagética), servindo-se dos componentes físicos e óticos do próprio aparato fotográfico a fim de penetrar nestes espaços onde ‘posição;, ou seja, onde se pisa, é o elemento mais critico.”
Os únicos artistas não elegíveis para concorrer ao PIPA são portanto Renata Lucas, Tatiana Blass, Marcius Galan, Cadu e Alice Miceli. Todos os artistas – indicados ou não em outras edições – mesmo os finalistas e vencedores de outras categorias que não a principal, podem concorrer na sexta edição do Prêmio.
Quem serão os indicados? Acompanhe os boletins de segunda (9) a sexta (13) da semana que vem.
Para saber mais sobre o Comitê de Indicação 2015, clique aqui.
Para ver a lista de artistas indicados ao PIPA de 2010 a 2014, visitar suas páginas, assistir a entrevistas exclusivas e conhecer mais sobre suas carreiras, clique aqui.