Abertura | “Afetividades Eletivas”, mostra coletiva com participações de cem artistas

(Belo Horizonte, MG)

A Galeria de Arte do Centro Cultural Minas Tênis Clube recebe a exposição “Afetividades Eletivas”, um significativo conjunto de obras provenientes da coleção de Luiz Sérgio Arantes, mineiro de Uberlândia, radicado em São Paulo, engenheiro e colecionador de obras de arte há décadas. A mostra conta com 150 trabalhos – pintura, escultura, gravura, desenho, fotografia, vídeo e registros de performance –, de cerca de 100 artistas nacionais e estrangeiros. Realizadas nos últimos 40 anos, essas obras permitem tanto a discussão sobre o colecionismo quanto sobre os questionamentos suscitados pela arte contemporânea. “Sempre me interessei por novas tendências e por uma arte que problematizasse sua própria constituição enquanto arte”, ressalta Luiz.

Com curadoria de Margarida Sant’Anna e do próprio Luiz Sérgio Arantes, o fio condutor da exposição é a relação afetiva do colecionador com suas obras e com as obras dos vários artistas presentes, algumas representadas com trabalhos experimentais, obras ofertadas como gesto de amizade, outras cuidadosamente garimpadas em galerias e leilões, e que, pouco a pouco, eletivamente, foram encontrando seu lugar no conjunto, como que regidas por uma lógica intuitiva.

As obras estão agrupadas em núcleos, tendo em vista o valor intrínseco de cada uma delas e as ideias que determinadas relações permitem discutir: o emprego da letra, da palavra ou da caligrafia como elemento visível constitutivo; o corpo como suporte em diferentes operações artísticas; o espaço questionado pela arte, seja como representação, seja como campo, lugar da experiência; e a arte como questão da arte, na relação com a sua história, com o mercado e com o próprio colecionismo.

Da letra à imagem
As obras desse segmento têm em comum o uso da letra ou da palavra escrita como elemento visível constitutivo. São obras que empregam a letra, a palavra ou a caligrafia como suporte em diferentes operações artísticas.

O corpo como suporte
Os artistas reunidos nesse segmento privilegiam o corpo, deixam suas marcas autobiográficas, expõem processos pessoais na produção artística, apresentam referências objetivas sobre o sentido do trabalho artístico, o gesto, a performance.

A obra e seu espaço
A representação do espaço sob a forma de paisagem é relativamente recente. Somente a partir do século 19 a pintura de paisagem se afirmou como gênero. Desde então, o espaço tem sido questionado pela arte, seja como representação, seja como campo, lugar da experiência que a arte possibilita.

A arte como questão da arte
Esse núcleo apresenta a variedade de processos artísticos que se referem à própria arte, seja na relação com a história da arte, com o mercado e com o próprio colecionismo, seja ainda na sua relação com o museu, confrontando seus conceitos e suas funções, sua natureza, enfim.

Saiba mais sobre alguns dos participantes:
Carla Zaccagnini, Cinthia Marcelle, Dora Longo Bahia, Laura Vinci, Mabe Bethônico, Marcelo Moscheta, Marcius Galan, Milton Marques, Ricardo Basbaum, Rodrigo Andrade, Tatiana Blass, Thiago Rocha Pitta

“Afetividades eletivas”, mostra coletiva da coleção de Luiz Sérgio Arantes
Em cartaz até 1º de março de 2015

Galeria de Arte do Centro Cultural Minas Tênis Clube
Rua da Bahia, 2244
Funcionamento: terça a sábado, das 10h às 20h, e aos domingos e feriados, das 11h às 19h
Entrada franca



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