Daily Archives: 3 de outubro de 2014
Série de vídeos especiais 2014 | Entrevista com a curadora Daniela Labra
A série de vídeos especiais do PIPA foi criada em 2011 para estimular e contribuir com o debate e a reflexão sobre a arte. A ideia surgiu ao longo dos primeiros anos do Prêmio, a partir de temas que foram levantados durante as entrevistas com os artistas indicados ao PIPA desde 2010.
Inaugurando a série de vídeos especiais de 2014, a curadora Daniela Labra concede uma entrevista exclusiva para o Prêmio. Labra fala de como a descoberta da performance artística a levou do teatro para a arte contemporânea, e conta sobre o que acredita ser a natureza do trabalho do artista na atualidade.
“Fazer arte hoje é pensar em alternativas criativas para viver o mundo contemporâneo. Pra mim o que me interessa de estar trabalhando com arte é falar sobre arte mas também pensar as possibilidades criticas, reflexivas e até mesmo políticas da arte. O próprio fato de você fazer arte, ou elaborar um pensamento artístico neste mundo tão pensando para o materialismo e para produtividade, é um ato de resistência.” Assista ao vídeo.
Exposição PIPA 2014 | Em cartaz no Rio de Janeiro
A exposição do PIPA 2014 está aberta ao público no MAM-Rio com os trabalhos dos finalistas desta edição: Alice Miceli, Daniel Steegmann Mangrané, Thiago Martins de Melo e Wagner Malta Tavares. São artistas de linguagens, mídias e origens distintas. Alice Miceli, carioca de 34 anos, é uma artista cosmopolita que se graduou em cinema em Paris, morou em Nova York e tem participado de diversas residências artísticas internacionais. Na exposição dos finalistas, Miceli apresenta um trabalho inédito composto por 11 fotografias fruto da exploração a um campo minado no interior do Camboja. Daniel Steegmann Mangrané é catalão, tem 37 anos e vive no Rio de Janeiro. Seu trabalho se compõe de poéticas sutis e experimentações que questionam a relação entre a linguagem e o mundo. A obra que apresenta na mostra é uma espécie de cortina com formas inspiradas na arquitetura do MAM-Rio. Thiago Martins de Melo, artista maranhense de 33 anos, trabalha predominantemente com pinturas e atualmente vem fazendo experimentações com a escultura. Na exposição do PIPA, o artista apresenta cinco telas que juntas compõe uma cruz de grandes proporções, além de duas esculturas. Wagner Malta Tavares, paulistano de 50 anos, faz uso de vídeo, escultura, fotografia, desenho, colagem, performance e instalação para dar vazão a sua poética. Para a exposição do MAM-Rio o artista apresenta “Turbulência nos trópicos”, instalação inédita composta por uma projeção, áudio e resistências elétricas.
A mostra segue até meados de novembro, e até 2 de novembro você pode ajudar a decidir o vencedor da categoria Voto Popular, votando no seu artista favorito. Cada ingresso do Museu dá direito a um voto.
Programação de 4 a 10 de outubro
No Rio de Janeiro, seguem em cartaz as mostras “Mimetismo”, de Daniel Steegmann-Mangrané, e “Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas”, com participações de Ana Miguel, Cinthia Marcelle, Felipe Barbosa, Felipe Cohen, Grupo Empreza, Gustavo Speridião, Jonathas de Andrade, Lenora de Barros, Luciana Paiva, Marilá Dardot, Paulo Meira, Regina de Paula e Roberto Winter. Em São Paulo, “Singularidades/Anotações – Rumos Artes Visuais 1988-2013″, vai até o final do mês e apresenta obras de Berna Reale, Luiz Roque, Marcelo Moscheta, Rommulo Conceição, Sofia Borges e Tatiana Blass, entre outros. Na Grécia, Jonathas de Andrade está entre os artistas expostos na coletiva “The Space Between” que está em cartaz em Atenas.
Acesse a agenda, confira os eventos ligados aos artistas indicados ao PIPA, ao MAM-Rio e demais envolvidos com o Prêmio, que estão acontecendo ao redor do Brasil e do mundo, e programe sua semana.
Programação de outubro do MAM-Rio
(Rio de Janeiro, RJ) Acontece neste sábado, dia 4, a última performance que integra “Museu Encantador”, mostra-performance de Rita Natálio e Joana Levi. Durante o mês de outubro oito exposições podem ser visitadas pelo público, dentre elas “Limiares – a Coleção Joaquim Paiva no MAM-Rio”, que apresenta a coleção de mais de 1.963 trabalhos de fotógrafos brasileiros e estrangeiros, adquiridos a partir do início dos anos 80, e “Novas aquisições 2012-2014”, que traz uma oportunidade para o público perceber a vitalidade e a pluralidade intrínsecas ao olhar de Gilberto Chateaubriand, principal colecionador brasileiro. Veja a programação completa para o mês de outubro no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Mais de 100 artistas participam de exposição em ponto histórico paulista
(São Paulo, SP) Uma “invasão criativa”, assim o curador Marc Pottier define a mostra “Made by…Feito por Brasileiros”. Ocupando o Hospital Matarazzo, uma área de 27 mil metros quadrados a poucas quadras da avenida Paulista, a exposição apresenta obras de mais de 100 artistas brasileiros e estrangeiros. Ainda ostentando as marcas do tempo e do abandono, os prédios antigos são ocupados pela energia irreverente da arte contemporânea. A maioria das obras que integram essa mega exposição foi concebida pelos artistas especificamente para o lugar e tem a efêmera existência de 35 dias. Importantes nomes da cena contemporânea mundial, como Adel Abdessemed, Moataz Nasr e Jean Michel Othoniel, estão ao lado de consagrados nomes da arte contemporânea brasileira, como Tunga, Henrique Oliveira, Carlito Carvalhosa, Iran do Espírito Santo, Nuno Ramos e Vik Muniz.
Arte Pará 2014 premia os vencedores desta edição e inaugura coletiva com 20 nomes brasileiros
(Belém, PA) Após a análise de mais de 660 dossiês enviados para o concurso, a banca de jurados do Arte Pará escolheu 20 artistas de todo o Brasil para a exposição desta edição. Os artistas selecionados participam de todo o processo educativo, que inclui seminários e conversas que visam aproximar artistas e o público. Dentre eles estão Dirnei Prates, selecionado na categoria fotografia, e Henrique César, selecionado por seus desenhos. Ao todo são 17 categorias e os três primeiros colocados serão premiados. O anúncio e a premiação acontecem esta semana junto com a abertura da mostra.
Performances de artistas brasileiros e estrangeiros ocupam o Paço das Artes em apresentação única neste sábado
(São Paulo, SP) Performa Paço é um projeto dedicado a performances artísticas contemporâneas de diversas naturezas, que visa aproximar o público de artistas importantes do cenário contemporâneo da performance. Cinco artistas, sendo dois brasileiros, dois americanos e um sueco, farão performances simultaneamente, estabelecendo assim conexões a partir dos pontos em comum que trazem em seus trabalhos. Com linguagens que trabalham o uso do próprio corpo, o feminismo, ações de longa duração, sons/ruídos e textos, as performances estimulam a interação com espectador e a colaboração com outros artistas em suas proposições. Maurício Ianês é um dos artistas participantes.
“Quase figura, quase forma”, com participações de Felipe Cohen, Marina Rheingantz e Tatiana Blass
(São Paulo, SP) Exposição reúne obras de artistas contemporâneos brasileiros com a produção recente de arte popular. Curadoria acredita que embora os pontos de partida sejam variados, um território intermediário de possíveis trocas começa a assumir contornos mais distintos. “As fronteiras nunca foram rígidas: artistas de origem popular, como Emygdio de Souza, Agnaldo dos Santos, Djanira e Heitor dos Prazeres, circularam em ambiente culto, enquanto pintores de formação erudita (Guignard, Volpi, Pancetti) se aproximaram da linguagem popular”, explica o curador Lorenzo Mammì.
Bienal de Taipei 2014 | Com Matheus Rocha Pitta e OPAVIVARÁ!
(Taipei, Taiwan) O tema desta edição da Bienal é “A Grande Aceleração”, termo cunhado por cientistas que define os grandes avanços humanos nos últimos 60 anos, que deixaram marcas indeléveis no planeta. A bienal apresenta os modos da arte contemporânea de abordar esse novo contrato entre seres humanos, animais, vegetais, máquinas, produtos e objetos, investigando como a arte de hoje define e representa nosso espaço-tempo. A exposição destaca a maneira como artistas lidam com conexões, cadeias e mutações: como eles veem o planeta Terra como uma grande rede, onde novos estados de matérias e novas formas de relação aparecem.