Essa semana, divulgamos três vídeo-entrevistas:
Felipe Prando
Felipe Prando é do interior do Paraná e atualmente mora em Curitiba. Realiza exposições de trabalhos artísticos desde 2005 já tendo exposto em várias cidades brasileiras, na Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Venezuela e Bélgica.
A curadora Daniela Labra pergunta ao artista “Qual a principal carência que você observa no meio da arte contemporânea brasileira?”
Prando pondera que no Brasil não existe um meio de arte contemporânea, e sim contextos variados do que se pode chamar de meio de arte contemporânea. “Pensar desse modo é algo que me interessa muito porque é um ponto de partida de elaboração dos meus trabalhos.”
Felipe Prando menciona uma curiosidade sua, relacionada à sua pesquisa, sobre “precariedade museológica”. Ele exemplifica essa escassez com uma casa em que funciona um museu, cujos espaços expositivos são transformados em “cubo branco” pelos artistas e pela própria instituição em si.
Assista ao vídeo:
Tamara Andrade
Tamara Andrade vive e trabalha em São José dos Campos, sua cidade natal.
A crítica e curadora Alejandra Muñoz pergunta à artista, “Em geral, na sua atividade, como começa um novo projeto artístico?”
Tamara responde que seu processo de trabalho é muito caótico e que por isso é difícil trabalhar com um projeto, uma ideia pré-concebida e depois ter que escrever sobre isso. Ela exemplifica com a série “Mergulhadores”, em que a artista demonstra seu interesse sobre o corpo humano como organismo.
Para criar a série, Tamara visitou um museu de anatomia e reuniu diversas referências: “de repente tudo se encaixa, tudo faz sentido”. Ela também explica que o projeto começou com desenhos em um caderno, o que ela chama de “um ateliê dentro de um ateliê”.
Assista ao vídeo:
Willian Santos
A pesquisa de Willian Santos, segundo ele próprio, é movediça, em constante trânsito, desde a busca por referências até intenções de trocas com o espectador. O movimento que surge de um processo de auto-provocação com a intenção de criar diferentes métodos de trabalho, evitando um estilo, faz o artista curitibano pensar em extremos.
Nesta vídeo-entrevista, Santos responde à pergunta de Alejandra Muñoz: “Em geral, na sua atividade, como começa um novo projeto artístico?”
Ele começa dizendo que pesquisa por imagens na internet, onde nunca se sabe onde os links vão levar. “Transformar o virtual em palpável é algo que muito me interessa”, conta o artista.
Sobre linguagens, Willian diz ter começado com desenho, mas desde 2007 produz pintura com total afinco, sem deixar de estudar cinema, fotografia, instalação, já que para o artista “diferentes materiais criam diferentes possibilidades”.
Assista ao vídeo:
Vídeos PIPA
Desde a primeira edição do PIPA, em 2010, contratamos a Matrioska Filmes para produzir vídeo-entrevistas com os artistas indicados ao Prêmio. Chegando a sua 5ª edição em 2014, o Prêmio segue acreditando na importância dos vídeos que anualmente são produzidos pela produtora, com exclusividade para o PIPA.
Para assistir a entrevistas com outros artistas indicados este ano e de edições anteriores, além de vídeos especiais, acesse a página de vídeos.
Como aponta Luiz Camillo Osorio, curador do MAM-Rio e conselheiro do Prêmio, no texto Desejo de arquivos: “Se a premiação visa o reconhecimento e a distinção, a construção de uma memória contemporânea visava a análise ampliada do circuito.”