(Malmö, Suécia)
A mostra coletiva “A Voice of One’s Own” [“Uma Voz Própria”] abre essa sexta, 6 de junho, no Malmö Konstmuseum, e inclui obras da artista Carla Zaccagnini.
“A Voice of One’s Own” têm como ponto de partida a Baltic Exhibition em Malmö, Suécia, cem anos atrás. 1700 expositores e 850mil visitantes testemunharam refinamento cultural, desenvolvimentos técnicos, exposições de arte e proezas atléticas. Havia um ar de “tudo é possível”, com a guerra ainda para começar. E em meio a tudo isso, uma manifestação feminina sufragista.
Na colaboração deste verão, entre o Museu de Arte de Malmö e o Moderna Museet Malmö, um conjunto de artistas contemporâneos voltaram o olhar para a história, para o trabalho que promoveu os direitos da mulher no começo do século XX. Outros examinaram problemas atuais, relacionando a situação para a mulher e seu acesso à esfera pública. As obras criam um enredo de métodos usados na contra opressão e conquista da igualdade entre gêneros, e destacam a importância de constantemente reler e reinterpretar história a partir de perspectivas diferentes.
Através de Carla Zaccagnini podemos visitar galerias de arte de Londres e Manchester atacadas por suffragettes em 1913 e 1914. Ela traz de volta à vida uma das afirmativas mais radicais no ativismo pelos direitos de voto: “Justiça é um elemento de beleza tanto quanto cores e contornos numa tela”. Maj Hasager vai em usca de heroínas desconhecidas do movimento internacional pelos direitos de voto, enquanto Unni Gjertsen relembra o lema destemido e rebelde das suffragettes, “ações não palavras”, em sua instalação. Os retratos de Marie Høeg, ativista feminina e fotógrafa, oferece um desafio lúdico aos estereótipos sexuais que prevalecem na Noruega na virada do último século. Andrea Geyer apresenta três mulheres que fundaram o Museu de arte Moderna de Nova York, e conta sua história esquecida através de uma performance coreografada. Petra Bauer reflete os movimentos de reforma social do começo do século XX na Suécia usando o poster como ferramenta.
Visitantes podem se libertar do patriarcalismo com o programa de 12 passos do Minimal Competence, brincando com um jogo de direitos de voto da década de 1910, investigar a literatura feminista na Grand Domestic Revolution Library, ver o documentário premiado sobre feminismo russo Pussy Riot e revisitar a manifestação feminina sufragista da Baltic Exhibition de 1914.
A exposição tem obras dos seguintes artistas: Petra Bauer, Catti Brandelius, Matthijs De Bruijne, Kajsa Dahlberg, Nathalie Djurberg & Hans Berg, Roxy Farhat, Shaza Albatal, Johanna Friedman, Hanna Stenman, Andrea Geyer, Unni Gjertsen, Grand Domestic Revolution Library/Casco, Design and Theory, Maj Hasager, Marie Høeg, Sofia Hultin, Annica Karlsson Rixon, Anna Konik, Martha Rosler, Fia-Stina Sandlund, Ann-Sofi Sidén, Carla Zaccagnini.
Curadores: Marika Reuterswärd, Cecilia Widenheim, Joa Ljungberg
“A Voice of One’s Own”, mostra coletiva com Carla Zaccagnini
Abertura: 6 de Junho
Em cartaz até 7 de setembro
Malmö Konstmuseum
Malmöhusvägen 6, Malmö
malmokonstmuseum@malmo.se
Tel: 040 34 10 00