Abertura | Exposição de Artistas da Semana da Foto em Curitiba

(Curitiba, PR)
A Bienal Internacional de Curitiba completa 20 anos em 2013. Realizada na capital paranaense entre os dias 31 de agosto e 1º de dezembro, exibe obras de 150 artistas dos cinco continentes em mais de 100 espaços da cidade.

As exposições contam com a curadoria geral dos críticos de arte Teixeira Coelho (MASP – Museu de Arte de São Paulo) e Ticio Escobar (Trienal do Chile), que neste ano propõem uma revisão no formato das bienais. Para isso, deixam de lado a tradicional opção por um tema e um título, focando-se na escolha de obras que possam representar uma experiência estética significativa. De fato, o que foi considerado na hora de selecionar os artistas e suas obras foram os critérios de qualidade e contemporaneidade, e não adequações para um tema específico.

Nesta edição, a Bienal Internacional de Curitiba dá atenção especial à arte urbana e às perfomances artísticas, que além de estarem cada vez mais fortes e presentes no cenário internacional, oferecem um contato direto e imediato com as pessoas da cidade. Literatura, web arte e música recebem também grande espaço no evento.

Ainda no intuito de prolongar e potencializar os efeitos da Bienal, será realizado um projeto de ação educativa, com atividades de formação de professores e estudantes, palestras e mesas redondas abertas ao público, distribuição gratuita de material educativo e programa de visitação com agendamento de visitas mediadas de grupos escolares, atendimentos a grupos e visitas guiadas aos espaços expositivos.

Aos curadores gerais somam-se a curadora adjunta Adriana Almada, a curadora associada Tereza de Arruda e os curadores convidados Maria Amélia Bulhões, Fernando Ribeiro, Ricardo Corona e Tom Lisboa. A coordenação curatorial é de Stephanie Dahn Batista. Esta ficará responsável por uma equipe de jovens curadores – formado por Angelo Luz, Debora Santiago, Kamilla Nunes e Renan Araujo.

Conceito curatorial
Por Teixeira Coelho e Ticio Escobar.

A Bienal Internacional de Curitiba, em edição comemorativa aos seus 20 anos, faz uma revisão das bienais como formato e deixa de lado a prática da escolha de um tema e título. Resultado da ascendência do curador sobre o sistema da arte, essa prática hoje pouco convence. O vinculo entre o tema/título e as obras apresentadas em qualquer bienal é tênue ou imaginário, uma vez que quase qualquer tema/título, sempre um recurso espetacular de publicidade, pode aplicar-se a quase todo agrupamento de obras. Como as obras permanecem e os temas/títulos se esquecem, esta edição da Bienal de Curitiba será focada na escolha de obras que possam representar uma experiência estética significativa para a cidade. O único critério para a escolha dessas obras é o da qualidade/pertinência: elas devem impor-se pela qualidade e serem capazes de apontar para algumas das inúmeras questões da arte contemporânea. Cada obra será seu próprio discurso. Nenhuma se submeterá ao logo do curador.

De todo modo, esta edição da Bienal de Curitiba abrirá especial espaço para a arte urbana, ator cada vez mais presente no cenário internacional e que se oferece a um contato direto e imediato com os usuários da cidade. Assim, a Bienal de Curitiba procurará deixar na cidade um resíduo artístico mais denso e duradouro que o habitual, inclusive por meio da instauração de laboratórios de reflexão e prática – LARPs — que buscarão apropriar-se das linhas de força contidas nas obras escolhidas e transformá-las em vetores de desdobramento da criação em Curitiba. As instituições de ensino e os diversos centros de reflexão da cidade – as escolas de arte, arquitetura, comunicação, os institutos de pesquisa — terão um papel relevante no processo.

A Bienal é uma forma que, como tal, contém os traços gerais pelos quais se define o gênero a que pertence e os aspectos singulares de qualquer uma de suas manifestações eventuais. A forma-bienal é hoje uma entidade em conflito: esta edição da Bienal de Curitiba reafirma os traços gerais da forma-bienal e os contraria tanto quanto pode fazê-lo sem anulá-la. A história o fará, se for o caso.

Artistas participantes: Aaron Koblin, Adalberto Müller, Adán Vallecillo, Ademir Demarchi, Adriano Costa, Afonso José Afonso, Ajax, Ai Weiwei, Alejandra Mastro, Alexandre França, Alice Ruiz, Amarildo Anzolin, André Butzer, Andréia Carvalho, Andy Hope 1930, Angelo Luz, Anísio Garcez Homem, Annika Kahrs, Ann-Sofi Sidén, Antoni Abad, Armando Queiroz, Arturo Carrera, Baldomero Robles Menéndez, Bárbara Lia, Beatrice Steimer, Bella Flor Canche Teh, Bianca Lafroy, Bicicletaria Cultural [Fernando Rosenbaum, Patrícia Valverde], Bonnie Camplin, Bruno Costa, Caio Reisewitz, Camila Vardarac, Cao Guimarães, Carlos Careqa, Carlos Trilnick, Claudia Aravena, Clemens Krauss, Cleverson Antunes Oliveira, Coleção Poty Lazarotto, Coletivo E/OU [Claudia Washington, Goto Newton, Lúcio de Araújo], Cristiane Bouger, Dalton Trevisan, Daniel Duda, David Svensson, Delson Uchôa, Dominique Dubosc, Dora Longo Bahia, Duniesky Martín, Eder Santos, Edson De Vulcanis, Edwin Sánchez, Efigênia Rolim, Emerson Pereti, Erik Bünger, Estercilia Simanca Pushaina, Estrela Leminski, Fernando José Karl, Fernado Severo, Fredi Casco, Giselle Beiguelman, Greta Benitez, Gunilla Klingberg, Gustavo Romano, Hamilton Faria, Heinz Mack, Helena Kolody, Homero Gomes, Hugo Aveta, Ieke Trinks, Ivan Justen Santana, James Bridle, Jason Lujan, Jill Orr, Jitish Kallat, João Castilho, Jonathan Meese, José de Quadros, Josely Vianna Baptista, Joseph Ravens, Juan Burgos, Juli Susin, Juliana Stein, Katharina Grosse, Kim Fielding, Laerte Ramos, Lauro Borges, Leila Pugnaloni, Leonarda Glück, Lindsey Rocha Lagni, Louise Bourgeois, Lourival Cuquinha, Lucas Bambozzi, Luci Collin, Luis Felipe Noé, Luiz Henrique Schwanke, Luzia Simons, Maíra Vaz Valente, Marcelo De Angelis, Marcelo Sandmann, Marco Paulo Rolla, Marcone Moreira, Marcos Prado, Margit Leisner, Marilia Kubota, Mario Domingues, Martine Viale, Max Sudhues, Michael Aschauer, Michael Mandiberg, Michal Rovner, Milagros de la Torre, Milton Marques, Nina Fischer & Maroan el Sani, Olia Lialina, Paula Levine, Paulo Leminski, Peter Kubelka, Pierre Lapalu, Priscila Merizzio, Rachel Goodyear, Raquel Kogan, Regina Silveira, René Peña, Ricardo Pedrosa Alves, Roberto Prado, Rony Bellinho, Roosevelt Rocha, Rosilene Luduvico, Rossana Guimarães, Sabrina Lopes, Sakiko Yamaoka, Sérgio Medeiros, Sérgio Viralobos, Sheroanawë Hakihiiwë, Tatiana Stropp, Tzitzi Barrantes, Vanessa Carneiro Rodrigues, Véronique Bourgoin, Vivian Cáfaro, Vladimir Kosák, Wang Cheng Yun, William Kentridge, Willian Santos, Wilson Bueno, Woki Toki, Wolfgang Stiller, Xiong Yu, Young Joo Lee, Zeca Corrêa Leite e Zmário.

Dentro da programação especial da Bienal, destacamos:

A exposição de Tatiana Stropp que compõe a programação dentro do Grupo Jovens Curadores: Stephanie Dahn Batista, Angelo Luz, Debora Santiago, Kamilla Nunes e Renan Araujo. A mostra ficará no Museu da Gravura até o dia 1 de dezembro.


Tatiana Stropp, Bienal de Curitiba, Solar do Barão. Foto: Rafael Dabul

Museu da Gravura | Solar do Barão | Sala Lápis 
Tatiana Stropp – até 1 de dezembro
Rua Carlos Cavalcanti 533,
Centro, Curitiba

Horários
Terça a Sexta das 9h às 12h e das 13h às 18h,
Sábado e Domingo das 12h às 18h.

E a Exposição de Artistas da Semana da Foto em Curitiba, com participação de Rogério Ghomes, entre outros.

Bienal Internacional de Curitiba
31 de agosto – 1 de dezembro
Veja a programação completa e outras informações aqui.



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